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quinta-feira, 9 de junho de 2011

7 erros clássicos na hora de fazer um cartão de visitas.

Para não cometer uma gafe na hora de se apresentar profissionalmente, confira quais os escorregões mais comuns ao elaborar um cartão de visitas.

Reza a lenda que, no início do Facebook, Mark Zuckeberg tinha que quebrar a cabeça antes de  entregar seu cartão de visitas. Ele mantinha dois modelos: um convencional e outro com a sentença “Eu sou o CEO, idiota” (em uma tradução eufemista).

Mas você não precisa ser Zuckeberg, nem ter um cartão de visitas com um tom tão, digamos, agressivo, para escorregar no inocente ato de entregar um cartão de apresentação. Por isso, confira quais são as gafes mais clássicas e sutis na hora de elaborar essa ferramenta de trabalho.

1. Pseudo Currículo: Calma. Antes de compilar todas as informações sobre o seu trabalho, lembre-se de que o cartão de visitas não tem a função de currículo, muito menos de propaganda de você. 

2. Ir de papel sulfite: Ou outro tipo de papel extremamente frágil. Prefira materiais com textura ou algum peso. Você não vai querer que o “documento” de apresentação do seu trabalho acabe no lixo por motivos estruturais, certo?

3. Usar a fonte Symboldo Word: Ok. Você não precisa ir tão além e imprimir seu cartão de visitas apenas com símbolos, mas cuidado para não “inovar” demasiadamente na hora de escolher a fonte. Por mais descolada que seja sua área de atuação, não vale misturar diferentes tipos de fonte ou tamanhos. Se pintar dúvida, opte pelo clássico.

4. Letras Miúdas: O novo contato profissional precisou espremer as pálpebras para ler seu cartão? Sinal vermelhíssimo. Escolha um tamanho de fonte adequada para que pessoas de qualquer idade – ou problema de visão – consigam compreender o que está escrito ali.

5. Um Carnaval de Cores: Tudo bem que todo mundo adoraria impressionar com seu cartão de visitas. Mas não ceda à tentação de exagerar nas cores. Escolha, no máximo, três cores diferentes para compor sua marca pessoal.

6. Confusão Visual: Cuidado para não combinar imagens que não têm qualquer relação com sua área de atuação. Por exemplo, se você trabalha no ramo de tecnologia, não vale ilustrá-lo com flores. Lembre-se: as ilustrações devem ser a síntese do tipo de trabalho que você faz.

7. Assassinatos do Português: Erros de gramática ou digitação não combinam com uma ferramenta que se propõe a, de certa forma, vender uma idéia do seu trabalho. Atenção redobrada na hora de revisá-lo.

** Regra de ouro: seja absurdamente objetivo e não ceda à tentação de ir além dos dados profissionais. Se, realmente, houver necessidade de outras informações, use a parte de trás do cartão.
 
Talita Abrantes, de EXAME.com 
Editado por APPV.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Agora vai, Snoopy?

A seguradora MetLife é a maior dos Estados Unidos, mas sua presença no Brasil ainda é pequena. Saiba como ela pretende mudar esse quadro.

"Gostamos de estratégias como a da Zurich, que  se associou
 ao Santander"élio Kinoshita, presidente da MetLife no Brasil

A imagem mais conhecida do Snoopy, personagem criado pelo cartunista americano Charles Schultz, é quando o simpático cachorro beagle dorme placidamente sobre o teto de sua casa. Essa também é a imagem que melhor representa a atuação da seguradora MetLife no Brasil. Apesar de ser a maior seguradora americana e a líder mundial em seguros de vida do mundo, suas atividades por aqui ainda não decolaram. 
Presente no mercado desde 1999, a MetLife detém uma fatia de mercado de apenas 4% e um lucro de R$ 34,1 milhões em 2010. Depois de alguns anos sonolentos,  de fazer inveja ao mascote, a seguradora concluiu que não poderá perder o bonde da ascensão da economia doméstica e o crescimento esperado para o setor de seguros nos próximos anos. A empresa vai apostar nas pequenas e médias empresas e nos seguros massificados.

A meta é dobrar seu lucro no Brasil em dois anos, mas sem arriscar outros ramos. Além dos seguros de vida, a MetLife atua em previdência privada e planos odontológicos e não pretende sair dos seguros voltados para pessoas. “Nosso desejo é estar entre as cinco maiores do segmento vida”, diz Hélio Kinoshita, presidente da MetLife no Brasil. Hoje,  a companhia ocupa a sétima posição desse mercado

A matriz americana passou a se interessar mais pelo Brasil após a crise financeira internacional em 2008. Com a economia americana baqueada, mercados emergentes como Brasil, Índia e China brilharam no cenário mundial, crescendo no momento que os países ricos naufragavam. Atualmente as operações internacionais representam 45% dos resultados da seguradora e a meta é que esse percentual ultrapasse a fatia americana até 2014. 

Quem conhece o setor diz que a estratégia é correta. “A MetLife está seguindo concorrentes internacionais como Zurich e Mapfre, que têm sido bastante agressivas no mercado brasileiro”, diz um executivo do setor. Em 2008, a turma do Snoopy comprou a OdontoA, especializada em seguros odontológico, então com 100 mil clientes, número que quadruplicou desde então. Outra compra, esta fechada lá fora, foi a da American Life Insurance Company (Alico), adquirida em 2010,  da AIG por US$ 15 bilhões.

Kinoshita diz que a presença forte da Alico no seguro-saúde vai facilitar a implementação dessas atividades no Brasil. A concorrência, porém, será dura. Bradesco, Amil e SulAmérica  controlam uma fatia generosa do mercado. “Estamos em estágio de discussões e avaliando o conceito do produto”, diz Kinoshita.

A nova estratégia reflete um aprendizado difícil. A MetLife chegou ao Brasil com a ambição de servir as grandes empresas, mas encontrou um mercado maduro e saturado, pois 95% dos clientes em potencial já estavam nas mãos da concorrência. A dificuldade obrigou os americanos a usar novas táticas, voltando-se para empresas menores. 

Aí surgiu outro obstáculo, a capacidade reduzida de distribuição de seus produtos. “Os grandes bancos têm redes de agências e marcas bem conhecidas, o que dificulta muito o crescimento das seguradoras independentes”, diz a advogada especializada em seguros, Natália Velasques Sanches, do escritório Mesquita Pereira, Marcelino, Almeida, Esteves Advogados. A aquisição da carteira de seguros do Citibank em 2005, deu um pouco mais de folga à MetLife. 

No entanto, a atuação do banco americano no Brasil ainda é muito tímida, com apenas 130 agências. Por isso, a ideia é buscar outras parcerias. “A Zurich anunciou, recentemente, uma associação com o Santander e nós gostamos dessa estratégia”, diz o presidente, sem antecipar que banco a Metlife estaria cortejando. Os líderes de mercado em prêmios são, pela ordem, Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil, segundo os dados mais recentes do setor. 

“Essa característica dos bancos serem os principais distribuidores de seguros não existe em nenhum outro país, só no Brasil”, diz Marco Monguzzi, diretor de planejamento estratégico e marketing da MetLife. Assim, uma parceria no setor bancário seria o passo que faltava para acordar o Snoopy. Charlie Brown e sua turma agradecem. 

Por Juliana Schincariol
Editado por APPV.